Maria von IHERING

Maria von IHERING

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Name Maria von IHERING

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Geburt 21. Juni 1909 São Paulo, São Paulo, Brasil nach diesem Ort suchen
Tod Dezember 2012 São Paulo, São Paulo, Brasil nach diesem Ort suchen
Heirat

Ehepartner und Kinder

Heirat Ehepartner Kinder

Aroaldo AZEVEDO

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+ O ESTADO DE S. PAULO: PÁGINAS DA EDIÇÃO DE 03 DE Dezembro DE 2012 - PAG. 33 Administrado por:Ana Cecília Amado Sette Filha de Rodolpho Theodor Wilhelm Gaspar Von Ihering e Isabel de Azevedo von Ihering Esposa de Aroaldo Azevedo HERMANN VON IHERING Maria von Ihering de AzevedoTodos sabem que vovô Ihering veio para o Rio Grande do Sul atraído pelas maravilhas que contavam sobre a beleza e pujança da natureza deste país. Em parte, sim. Mas o verdadeiro motivo apareceu agora num livro que recebemos da Alemanha, publicado pelo centenário da morte do bisavô, Rudolf von Ihering. Recém formado em medicina, vovô Ihering foi substituir o falecido Dr. Wolf, médico interno de um hospital... e apaixonou-se pela bela viuvinha Anna Maria Clarz Belzer e com ela se casou! Contrariando os grandiosos planos do pai, que desejava para nora a sobrinha de Bismark. Não chegaram a romper relações, mas ficaram bem estremecidas. Chegando ao Brasil, o casal e o enteado, nosso querido tio Sebastião Wolf, instalaram-se em Taquara do Mundo Novo, perto de Porto Alegre, onde nasceram tia Clarinha e meu pai - Rodolfo. Mais tarde meu avô comprou uma ilha no Rio Camacuã e mudou-se com a família para lá. Por ser o único médico da região, foi chamada de "Ilha do Doutor", nome que conserva até hoje. Muitos vinham à sua casa consultá-lo e ele atendia a clientela de barco. O pagamento, como sói acontecer na roça, era bem diversificado: ovos, galinhas, algum leitão, frutas, verduras, mel e até peças de crochê. Papai ria muito ao se lembrar de um matuto, que nunca tinha visto uma vidraça e nem sabia o que era; nervoso, esperando sua vez, deu uma cusparada na janela e levou o maior susto vendo o cuspe escorrer nela! Num belo dia chegou um convite muito especial para os grandes festejos dos setenta anos do bisavô - Prof. Rudolf von Ihering. Idade bem avançada para a época. A tradução do seu livro "A luta pelo Direito" para todos os idiomas deram-lhe fama internacional. A Alemanha, orgulhosa dele, quer homenageá-lo pomposamente. Meu pai e tia Clarinha iriam, por fim, conhecer os avós. Tempos depois lembravam-se de que foram recebidos com muita reserva, porque vindos do Brasil "só podiam ser índios". Ao chegar foram para a casa de hóspedes. Mas a vovó Clara os tinha educado primorosamente: tia Clarinha só cumprimentava fazendo o "knik", reverência requintada das meninas fidalgas e ambos falavam corretamente o alemão, logo conquistaram o coração dos avós. Passado o susto foram transferidos para o castelo e voltou a reinar a paz. A convivência amorosa marcou-os profundamente - sempre se referiam a essa temporada com entusiasmo e carinho. Voltaram à Ilha do Doutor. Azevedo, M. von H. Bol. CEO Nº 14 - Julho de 2000 55 Como conta meu pai no seu livro Conto de um Naturalista, a vida correu tranquila enquanto durou a monarquia. Diz ele: "Com o advento da República, os jacobinos entenderam que toda ciência feita pelos naturalistas estrangeiros do Museu Nacional não contrabalançava uma demonstração de seus rubros sentimentos e foram demitidos esses servidores de nomes arrevezados." Não sendo político, era perseguido pelos dois partidos. Assim, foi com prazer que vovô aceitou, em 1892, o convite de Cezário Motta pra organizar um museu de história natural em São Paulo. Começou com o bem pequeno Museu Sertório, que, já mais desenvolvido se instalou junto ao Monumento do Ipiranga, trabalhando com toda dedicação até 1916. Morava numa bela casa junto ao museu e nele escolheu para seu escritório a sala lateral, de onde avistava o terraço da sua casa. Naquele tempo já devia acontecer a falta de verbas!! e o Diretor do Museu foi chorar as mágoas para o Diretor do Tesouro, o Cel. Luiz Gonzaga de Azevedo. Em meio a outros assuntos falaram sobre música, grande paixão de ambos. Nas duas famílias todos tocavam muito bem um instrumento e foi feito o convite para que os Azevedo fossem aos domingos ao Ipiranga, a fim de tocarem juntos. Era praxe todo mundo estudar piano e só depois partir para outro instrumento. Do lado Azevedo, Isabel foi pianista concertista e seus irmãos: Julio tocava violoncelo, Carlito - viola de orquestra e Luizinha violino. Do lado do alemão, tia Clarinha e vovô tocavam piano e Rodolfo violoncelo O Ipiranga era longe e a longa viagem era em bonde puxado a burros! Contam que vovó Clara era linda, alegre e hospitaleira. O almoço requintado terminava com as saborosas tortas alemãs. A outra avó - D. Mariquinha, esposa do Cel. Luiz Gonzaga Azevedo, pediu algumas receitas, mas a alemã, esperta, para garantir as visitas, sorria amavelmente e escapava - Sempre que quiser venha comê-las aqui! - e nunca as deu. Izabel, a filha mais velha do coronel, tinha oito anos e Rodolfo onze, quando seu amor por ela começou. Ele mesmo contava que para agradá-la colhia flores do campo para oferecer-lhe. O amor foi crescendo com ele e aos dezesseis anos pediu para ser batizado na religião católica, embora a mãe fosse de formação protestante. Ela tinha que conquistar a Belinha. Como toda a rapaziada da época, terminado o ginásio foi mandado para a Europa, fazer faculdade em Heidelberg. Com a morte prematura de seu irmão Guilherme, aos dezesseis anos, vovó Clara ficou muito abatida e faleceu. Meu pai ficou tão abalado que abandonou os estudos e voltou para o Brasil. Foi trabalhar com o pai que ele adorava e admirava, procurando consolá-lo e seguir-lhe os passos. Vovô sofreu demais com a perda da esposa, trabalhando ainda mais para combater a solidão. Escrevia muito aos amigos da Alemanha e também a uma vizinha, companheira de infância. Carta vai, carta vem... voltou à sua terra e ao seu primeiro amor, que já estava com quarenta e nove anos: D. Meta Buff, obrinha neta de Goethe, muito fina e culta, falava várias línguas e sempre apaixonada pelo Hermann!

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